Philip Kotler – Marketing 4.0

Todas as áreas de conhecimento têm as suas grandes referências e, no marketing, Philip Kotler é incontornável. O autor e a ciência confundem-se em certa medida, atendendo à longevidade (88 anos) e às muitas décadas (começou a ensinar marketing em 1962) que tem dedicado a ligar as organizações com os seus públicos-alvo.

Em Marketing 4.0 , lançado em Portugal em março de 2017, Kotler coordena uma equipa e uma investigação que indica a todos os marketeers o caminho do… presente.

Marketing 4.0 – do tradicional para o digital

A principal premissa é a de que o Marketing deve adaptar-se à natureza mutável dos percursos do consumidor na economia digital. Trata-se, na prática, de um “aprofundamento” e “alargamento” do Marketing centrado no ser humano, com um desafio de premeio: a convergência entre o tradicional e o digital.

Breve retrospetiva

O conceito de Marketing 4.0 resulta da evolução natural das 3 gerações anteriores definidas pelo Kotler e a sua equipa. Para uma melhor compreensão, vejamos rapidamente os pressupostos-base que definem cada uma delas.

Marketing 1.0

Era do marketing centrado no produto, nas suas características técnicas e nas capacidades produtivas das empresas. O produto é a “estrela” no processo de entusiasmar o consumidor e o foco é colocado nos seus aspetos funcionais e tecnológicos .

Cronologicamente pode dizer-se que começa com a produção em escala, consequência da revolução industrial.

Marketing 2.0

Com a saturação dos mercados e a padronização dos padrões de qualidade, os processos de marketing começam a descentrar-se do produto (torna-se cada vez mais difícil, comparando o que é comparável, argumentar que um é melhor do que outro) e a centrar-se em quem tem o papel de decidir – o consumidor.

Por isso mesmo esta era é designada de Marketing centrado no consumidor.

Nesta fase, “o segredo” passa por identificar as variáveis que estão na base do processo de tomada de decisão, as motivações de compra, colocando o foco não nas características técnicas do produto, mas nos benefícios para o cliente.

Marketing 3.0

O tempo do Marketing Centrado no ser humano. Os consumidores “transformaram-se em seres humanos completos, com mentes, corações e espíritos” e, por esse motivo, tendem a associar-se a bens, serviços, marcas e culturas empresariais que “abraçam e refletem” esses valores humanos.

Era do engagement, do envolvimento emocional, em que as marcas adquirem personalidade, valores e princípios humanos. São radicais, conservadoras, extrovertidas, responsáveis, sustentáveis, sensíveis, preocupadas, etc.

Believe da Shimano: exemplo de uma campanha para o “ser humano” no Marketing 3.0

Marketing 4.0

Aprofundamento do Marketing 3.0, centrado nas emoções, com a preocupação de interligar tradicional e digital como faces de uma mesma moeda. O marketing em que online e offline se complementam e não se estranham; o marketing em que o efeito Google e efeito Redes sociais têm que ser trabalhados, entusiasmando, envolvendo e cativando a partir do storytelling e do marketing de conteúdo; o marketing que usa as plataformas digitais para criar expetativas que se cumprem no mundo físico.

Os conceitos e princípios são vastos e diversificados, terminamos com o novo percurso do consumidor, na nossa opinião um dos mais relevantes.

O NOVO PERCURSO DO CONSUMIDOR – Os 5 A’s

Atenção: quando a marca passa a ser conhecida pelo consumidor. Destaque para o efeito google.

Atração: quando o consumidor percebe um valor na marca. Destaque para a importância do content marketing.

Aconselhamento: quando o consumidor consulta opiniões e conselhos. Destaque para o papel das redes sociais e influencers.

Ação: quando o consumidor efetua a compra.

Advocacia: quando o consumidor se torna um defensor da marca, porque, além de satisfeito com o produto, comunga dos mesmos valores, princípios e preocupações.

Como será o e-commerce em 2030?

É, obviamente, difícil prever com precisão como será o e-commerce em 2030. Contudo, podemos fazer algumas projeções com base nas tendências atuais e nas mudanças tecnológicas que estão em curso:

Inteligência Artificial e Personalização Avançada: a inteligência artificial (IA) desempenhará um papel fundamental no e-commerce. Os algoritmos de IA serão usados para personalizar ainda mais a experiência do cliente, recomendando produtos com base no histórico de compras, preferências e até mesmo no comportamento em tempo real. Chatbots alimentados por IA também fornecerão suporte ao cliente de forma mais eficiente.

Realidade Aumentada e Virtual: a realidade aumentada (AR) e a realidade virtual (VR) tornar-se-ão partes comuns das experiências de compra online. Os consumidores poderão experimentar produtos virtualmente, como roupas e móveis, antes de fazer uma compra, tornando a experiência de compra online mais interativa.

Experiências de Compra Multissensoriais: a tecnologia permitirá experiências de compra mais imersivas, envolvendo não apenas a visão, mas também o som, o tato e até mesmo o olfato. Isso será especialmente relevante para produtos como alimentos, perfumes e produtos de beleza.

Comércio Social: as redes sociais continuarão a desempenhar um papel importante no e-commerce, com mais integração de funcionalidades de compra diretamente nas plataformas. Os consumidores poderão comprar produtos com facilidade sem sair das suas redes sociais favoritas.

  • Marketplaces: continuarão a crescer e consolidar o seu domínio no mercado. Grandes players, como Amazon, Alibaba, eBay e outros, expandirão ainda mais as suas operações globais,   abrangendo uma ampla gama de categorias de produtos e serviços.

Os marketplaces não se limitarão à venda de produtos físicos, diversificando a oferta para incluir serviços, como reservas de viagens, serviços de streaming, serviços de entrega de comida, entre outros. Os marketplaces serão destinos únicos para uma variedade de necessidades dos consumidores.

Além dos gigantes, marketplaces especializados vão ganhar destaque. Esses marketplaces oferecerão uma seleção cuidadosamente apurada de produtos e serviços para públicos-alvo específicos, oferecendo uma experiência de compra altamente especializada e personalizada.

Embora os marketplaces globais continuem a ser dominantes, é provável que vejamos um aumento nos marketplaces locais e regionais. Isto pode incluir marketplaces que promovem produtos locais ou artesanais.

Entrega Avançada: a logística de entrega será aprimorada com drones, veículos autónomos e soluções de proximidade mais eficientes. A entrega no mesmo dia, ou mesmo em poucas horas, será a normalidade em muitas regiões, tornando o e-commerce ainda mais conveniente.

Sustentabilidade e Responsabilidade Social: os consumidores serão (ainda) mais conscientes em relação à sustentabilidade e à responsabilidade social das empresas. As empresas de e-commerce terão que adotar práticas ambientalmente amigáveis e éticas para atrair consumidores cada vez mais preocupados com estas questões.

Pagamentos e Moedas Digitais: o uso de criptomoedas e sistemas de pagamento digitais tornar-se-á mais comum. As transações financeiras serão mais rápidas, seguras e as barreiras internacionais reduzidas.

Comércio B2B Online Expandido: o comércio eletrónico entre empresas (B2B) também continuará a crescer. As empresas adotarão sistemas de e-commerce mais avançados para gerir pedidos, cadeias de abastecimento e relacionamentos com fornecedores.

Regulamentação mais restrita e fiscalização mais eficiente: à medida que o e-commerce cresce, é provável que a regulamentação se torne mais rigorosa, especialmente em relação à segurança de dados e à privacidade do consumidor.

Intensificação da Concorrência: com o crescimento contínuo do e-commerce, a concorrência será feroz. As empresas precisarão inovar constantemente, oferecer excelentes experiências ao cliente e diferenciar-se para se destacarem.

O futuro do e-commerce dependerá, naturalmente, de uma série de fatores, incluindo avanços tecnológicos, mudanças nas preferências do consumidor e desenvolvimentos económicos. No entanto, é seguro dizer que o e-commerce continuará a desempenhar um papel significativo no comércio global e na forma como as pessoas, e cada vez mais as empresas, fazem compras.

Da web 1.0 à web 4.0

Web 1.0

Web 1.0 – unidirecional e de leitura.

Sob o ponto de vista de um acesso generalizado da população à Internet, poderemos dizer que se trata de uma história curta, com pouco mais de uma década, e relativamente recente. Contudo, é uma história particularmente sumarenta, onde muita coisa mudou. 

A digitalização dos serviços e a rápida adesão dos consumidores (das gerações mais novas – millenialls, nativos digitais, mas não só) transformou a forma como compramos, mas também como nos relacionamos com as marcas, empresas e restantes organizações.

Neste (ainda) curto percurso histórico, sob a perspetiva do utilizador português, poderemos colocar o primeiro marco na viragem do milénio até 2005 / 2006: a web 1.0.

Esta web 1.0 reflete o período em que o utilizador comum não tinha “voz” no universo digital. Momento em que os diferentes tipos de organizações – comerciais, institucionais, públicas – começam a criar a sua presença na Internet, construindo websites próprios e criando assim um novo canal para veicular informação. No entanto, trata-se de uma comunicação digital unidirecional, uma vez que os públicos clientes não podiam interagir, pela mesma via, com os emissores da mensagem.

Por este motivo, a web 1.0 é também designada de “Unidirecional” ou “De Leitura”.

Web 2.0

Web 2.0 – Redes Sociais, Blogues e Motores de busca

A partir de 2006, como data simbólica para registo, entramos no início da verdadeira revolução: a web 2.0. Esta revolução, que pode ser traduzida pela designação “Democratização Digital”, surge no momento em que o utilizador comum passa a ter a tal “voz” que lhe faltava na web anterior. Como símbolos desta nova era digital temos o surgimento dos Blogues e das Redes Sociais. Começa, também, a afirmar-se o poder crescente dos motores de pesquisa no modo como nos relacionamos com a quantidade, cada vez menos mensurável, de informação que é colocada a circular na Internet.

A partir do momento em que ganha “voz” e a capacidade de a amplificar exponencialmente através dos diferentes canais digitais à sua disposição, o consumidor ganha também um poder que até aqui não era tão evidente. Este novo consumidor, cada vez mais e-consumidor, obriga as organizações a criarem e implementarem estratégias de observação, acompanhamento e reação ao modo como são referidas na Internet.

Esta necessidade acabou por redundar no surgimento de toda uma nova área de especialização, com um papel cada vez mais relevante na estratégia de marketing digital, designada de Online Reputation Management – Gestão da Reputação Online.

Web 3.0

Web 3.0 – o smartphone como “o rei” das nossas vidas

A partir de 2011, mais uma vez como data simbólica para referência, entramos na era da web 3.0. A web 3.0 resulta de uma quase osmose entre smartphones e Internet. A estes dois elementos junta-se um terceiro: a geo-referenciação.

Assim, a web 3.0 pode ser evidenciada a partir de três dinâmicas principais:

– Mobilidade: a Internet sempre presente e não apenas quando chegamos a casa e/ou local de trabalho;

– A evolução dos sistemas de rastreamento e registo dos nossos comportamentos de navegação;

– Os diferentes métodos de identificação da nossa localização, que permitem saber exatamente onde nos encontramos a cada momento.

Isto acrescentando aos já relevantes desenvolvimentos introduzidos na web 2.0.

Web 4.0 – Futuro ou já o presente?

O futuro é “depois de amanhã”, prever o tempo que virá depois deste é muito difícil atendendo à velocidade a que as coisas evoluem e mudam de rumo.

Contudo, conceitos como Inteligência artificial ou IOT – Internet of Things começam a entrar no nosso dia-a-dia sob a designação de “carros inteligentes”, “casas inteligentes” ou “frigoríficos inteligentes”, para já ainda com uma aura de futurismo, mas que rapidamente passarão a realidade generalizada.

Para o marketing o desafio é, na sua génese, proporcionalmente complexo e interessante: num universo tecnológico e digital completamente massificado, como entregar aos consumidores conteúdo apelativo em função dos seus valores, personalidade, interesses, gostos e expetativas, mas, condição essencial, no momento em que o desejam?

Não existindo uma resposta definitiva, há um caminho, o das emoções.

Formatar a Negrito e Itálico no Facebook

Certamente já sentiu necessidade de destacar um título, palavra ou expressão no texto que acompanha as suas publicações no Facebook.

Por um lado, no momento de dar visibilidade à comunicação todos os pormenores contam; por outro, é também uma questão de organização do conteúdo e tornar a mensagem mais clara.

Contudo, personalização dentro de plataformas deste tipo é, naturalmente, algo difícil de concretizar.

De qualquer forma, há sempre um ou outro truque que nos pode ajudar neste processo. Então, como podemos escrever em itálico e/ou negrito no Facebook? O processo é simples e intuitivo.

Aceder a Unicode Text Converter

1- Na caixa de texto que aparece no topo da página, digitar o texto que se pretende formatar e clicar em Show:

Formatação a negrito e itálico no facebook

2 – A formatação é aplicada ao conjunto dos caracteres inserido na caixa, pelo que pode ser necessário replicar o processo mais do que uma vez para blocos de texto / palavras de modo separado.

3 – Atenção aos caracteres especiais (til, acentos, cedilhas, outros), uma vez que ficam excluídos do processo de conversão.

Caracteres especiais são, normalmente, excluídos neste tipo de conversões

4 – Não estamos propriamente perante uma infinidade de opções, mas existem várias possibilidades. De qualquer forma, keep it simple é um princípio que deve estar sempre presente.

Unicode Text Converter oferece diversas opções de visualização

5 – Selecionar a formatação pretendida, copiar (ctrl+c) e colar (ctrl+v) diretamente na área do elaboração do post no Facebook. Funciona quer em páginas de negócio, quer de perfil.

Também funciona no LinkedIn.

Acha correto receber os seus clientes de pantufas?

www.promodigital.pt

Imagine que, enquanto cliente, entra num qualquer estabelecimento comercial e o interlocutor que o recebe está confortavelmente calçado com umas farfalhudas pantufas, exibindo-as alegremente sobre o tampo da secretária. Se quiser reforçar a imagem, acrescente-lhe um copo de whisky na mão.

Quais são as probabilidades de uma relação comercial se efetivar neste contexto? Provavelmente virará as costas antes de realizar qualquer abordagem.

Este quadro serve para ilustrar a presença nos diferentes canais digitais por parte de muitas empresas e marcas: descuidada, pouco profissional e, sobretudo, sem qualquer tipo de orientação para o negócio ou cliente-alvo.

E porque é que isto acontece? Fundamentalmente por duas ordens de razões:

  • em primeiro lugar nunca, como hoje, foi tão fácil criar e disseminar conteúdos pelas diferentes plataformas existentes online;
  • em segundo lugar porque, ainda em demasiados casos, a Internet é percecionada como um canal secundário na relação comercial.

Chegados aqui, breaking news:

– Se nunca foi tão fácil criar presença digital, nunca foi tão difícil ser relevante, uma vez que o ruído é enorme;

 – Por outro lado, em nenhuma área de negócio hoje em dia, os canais digitais são canais secundários. São, isso sim, meios privilegiados de contato com os atuais e potenciais clientes, ou mesmo, de per si, plataformas de efetivação da própria relação comercial.

Sabia que mais de metade do tráfego gerado na Internet tem origem nos motores de pesquisa (Google, claro)? Já pensou que os motores de pesquisa apresentam propostas comerciais concretas no exato momento em que as pessoas, ativamente, procuram um produto ou serviço?

Então, como não preparar de forma profissional um website, a casa da sua empresa na internet, para que seja relevante para os seus utilizadores evidentemente, mas que se apresente, de igual modo, relevante para os motores de pesquisa?

Aparecer, ou não, em lugar de destaque nos rankings dos motores de pesquisa, pode ser a “pequena” diferença entre fazer ou não fazer um negócio.

E o exemplo poderia ser alargado às redes sociais onde, em muitos casos, a última comunicação tem meia dúzia de meses ou, ainda que seja regular, limita-se à publicação de produtos, preços, catálogos e afins e, mesmo assim, muitas vezes em formatos pouco legíveis nos smartphones.

Ou ao E-mail Marketing feito sem segmentação e sem recurso a uma plataforma profissional que crie um layout apelativo, que garanta boas condições de visualização nos diferentes clientes de e-mail e que, aspeto fundamental, permita medir e avaliar o sucesso ou insucesso das campanhas.

Ter um plano, uma estratégia de Marketing digital, deixou, há muito, de ser uma opção.

Ter uma estratégia passa por uma presença digital integrada e uma imagem transversal.

Passa pela Interligação de website, blogues, redes sociais, e-mail marketing e com a produção de conteúdos focada no mobile.

Passa por medir assiduamente o desempenho em cada um destes canais, limando, corrigindo e afinando ações futuras.

Não ter uma estratégia de marketing digital, ou seja, não usar os canais digitais de forma profissional para promoção dos negócios é, basicamente, perder dinheiro.

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