Da web 1.0 à web 4.0

Web 1.0

Web 1.0 – unidirecional e de leitura.

Sob o ponto de vista de um acesso generalizado da população à Internet, poderemos dizer que se trata de uma história curta, com pouco mais de uma década, e relativamente recente. Contudo, é uma história particularmente sumarenta, onde muita coisa mudou. 

A digitalização dos serviços e a rápida adesão dos consumidores (das gerações mais novas – millenialls, nativos digitais, mas não só) transformou a forma como compramos, mas também como nos relacionamos com as marcas, empresas e restantes organizações.

Neste (ainda) curto percurso histórico, sob a perspetiva do utilizador português, poderemos colocar o primeiro marco na viragem do milénio até 2005 / 2006: a web 1.0.

Esta web 1.0 reflete o período em que o utilizador comum não tinha “voz” no universo digital. Momento em que os diferentes tipos de organizações – comerciais, institucionais, públicas – começam a criar a sua presença na Internet, construindo websites próprios e criando assim um novo canal para veicular informação. No entanto, trata-se de uma comunicação digital unidirecional, uma vez que os públicos clientes não podiam interagir, pela mesma via, com os emissores da mensagem.

Por este motivo, a web 1.0 é também designada de “Unidirecional” ou “De Leitura”.

Web 2.0

Web 2.0 – Redes Sociais, Blogues e Motores de busca

A partir de 2006, como data simbólica para registo, entramos no início da verdadeira revolução: a web 2.0. Esta revolução, que pode ser traduzida pela designação “Democratização Digital”, surge no momento em que o utilizador comum passa a ter a tal “voz” que lhe faltava na web anterior. Como símbolos desta nova era digital temos o surgimento dos Blogues e das Redes Sociais. Começa, também, a afirmar-se o poder crescente dos motores de pesquisa no modo como nos relacionamos com a quantidade, cada vez menos mensurável, de informação que é colocada a circular na Internet.

A partir do momento em que ganha “voz” e a capacidade de a amplificar exponencialmente através dos diferentes canais digitais à sua disposição, o consumidor ganha também um poder que até aqui não era tão evidente. Este novo consumidor, cada vez mais e-consumidor, obriga as organizações a criarem e implementarem estratégias de observação, acompanhamento e reação ao modo como são referidas na Internet.

Esta necessidade acabou por redundar no surgimento de toda uma nova área de especialização, com um papel cada vez mais relevante na estratégia de marketing digital, designada de Online Reputation Management – Gestão da Reputação Online.

Web 3.0

Web 3.0 – o smartphone como “o rei” das nossas vidas

A partir de 2011, mais uma vez como data simbólica para referência, entramos na era da web 3.0. A web 3.0 resulta de uma quase osmose entre smartphones e Internet. A estes dois elementos junta-se um terceiro: a geo-referenciação.

Assim, a web 3.0 pode ser evidenciada a partir de três dinâmicas principais:

– Mobilidade: a Internet sempre presente e não apenas quando chegamos a casa e/ou local de trabalho;

– A evolução dos sistemas de rastreamento e registo dos nossos comportamentos de navegação;

– Os diferentes métodos de identificação da nossa localização, que permitem saber exatamente onde nos encontramos a cada momento.

Isto acrescentando aos já relevantes desenvolvimentos introduzidos na web 2.0.

Web 4.0 – Futuro ou já o presente?

O futuro é “depois de amanhã”, prever o tempo que virá depois deste é muito difícil atendendo à velocidade a que as coisas evoluem e mudam de rumo.

Contudo, conceitos como Inteligência artificial ou IOT – Internet of Things começam a entrar no nosso dia-a-dia sob a designação de “carros inteligentes”, “casas inteligentes” ou “frigoríficos inteligentes”, para já ainda com uma aura de futurismo, mas que rapidamente passarão a realidade generalizada.

Para o marketing o desafio é, na sua génese, proporcionalmente complexo e interessante: num universo tecnológico e digital completamente massificado, como entregar aos consumidores conteúdo apelativo em função dos seus valores, personalidade, interesses, gostos e expetativas, mas, condição essencial, no momento em que o desejam?

Não existindo uma resposta definitiva, há um caminho, o das emoções.

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